segunda-feira, 17 de novembro de 2008

HOJE EU CHOREI!

Hoje eu chorei. Chorei mais não era de tristeza. Também não era de alegria. Na verdade era um sentimento completamente paradoxal.
Nestas lágrimas pude entender que o tempo passa.
É! Foi exatamente aí que chorei; chorei porque me dei conta que não vivia – vegetava.
Estudar, trabalhar. Trabalhar, estudar.
Aí vejo que os dias foram e o ano se acaba e me sinto só.
E não parei pra pensar em mim.
Se no que estava fazendo me traria algo.
Vi que talvez o futuro seja promissor.
Futuro?! Amanhã é futuro, o hoje é presente e o ontem, passado. Mais o mais interessante é que o amanhã será hoje, será presente e depois passado.
E no tanto que lutei por um futuro promissor ele não veio. Eu sempre vivi o amanhã e o hoje, apenas passei por ele.
Daí eu pensei: porque me importar com o futuro? Eu tenho que viver hoje.
Porque me importar em que às pessoas dirão. Muitos delas não acompanharam a minha metamorfose.
Eu quero é reaprender.
Reaprender a viver. A sorrir de verdade e não por ser simpático. A chorar.
Reaprender a entender os meus sentimentos. Reaprender a pensar. A agir.
Não posso procurar a felicidade em outra pessoa, em algo, em coisas.
Talvez sim. A felicidade estaria também junto a isto. Mais a maior felicidade está em mim, aqui dentro do peito. Eu poderia ter pessoas, algo e coisas, mais se não tê-la dentro de mim não seria feliz por completo.
Tenho que aprender a me amar para depois amar alguém. Jamais amaria ao próximo como a mim mesmo se eu não me conhecesse e amasse.
Tenho que reaprender.
Nunca por a felicidade em algo ou alguém. A felicidade está aqui dentro eu só tenho que reaprender a ouvi-la.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

DE REPENTE

De repente você percebe
Que o tempo passa
Que a vida voa
E que muito se perdeu.

De repente você percebe
Que um dia é muito tempo
Mais que cada tempo
Deve ser muito especial.

Você percebe que não se deve passar somente,
Mais que cada segundo,
Triste ou alegre deve ser vivido intensamente.

Quero ter meu direito de estar triste
Mais viver aproveitosamente o alegre,
Antes que o tempo passa e eu perceba que fiz nada!

sábado, 9 de agosto de 2008

RELÓGIO DE DALI








Quem dera se o tempo
Não houvesse um tempo;
Quem dera se o sol passasse
e os ponteiros já não rodasse.

Oh! Que fútil seria
Par'aqueles a quem o tempo parasse,
no momento exato
do tempo desgraçado.

Oh! Que bom seria
Se na alegria da vida,
No prazer existencial,
Tornasse estático o tempo.

Assim como o ponteiro gire,
Assim como nasce o sol,
Assim como é toda a natureza,
Nunca todos se encontraria em uma mesma só emoção.

Que triste seria se a lua não surgisse;
Se as estrelas não brilhassem.
Desequilibrado seria
Se o tempo fosse fugaz.


Uns vão, outros vêm.
Que o tempo passe,
Que o sol desça no poente
e o ponteiro gire.

Só uma coisa peço:
Que a cada amanhecer
O homem aprenda
O sentido de VIVER!

domingo, 6 de julho de 2008

vale a pena recomeçar





É difícil quando o coração não é correspondido, quando a esperança foi assolada, quando a vontade de vencer foi insuficiente na guerra.



Aquela esperança que fazia acreditar em algo, que foi surgindo aos pouco no peito e em frações foi diluída.



Aquela esperança utópica, que fazia acreditar que a vida mesquinha poderia ser transformada.



Aquela ilusão de óptica foi posta em cheque-mate: eis que o rei se foi e o reino se despedaçou.



Dai eu me pergunto:



O que é esperança?



O que é fé?



Neste momento os paradoxos se uniram e o céu se encheu de escuridão, a luz se tornou turva e a alegria da aurora entristeceu.



O que era sonho se tornou em pesadelo: eis-me aqui! Acordado, sentado na cama, pernas desnudas, cabelos embaraçados; cansado, exausto apesar de ter estado dormindo.



A realidade é mais dura do que se aparenta.



Respondendo aos meus questionamentos: a esperança é a certeza daquilo que não se vê, não se tem, mais se espera.



A fé é o impulso, é o gatilho da arma que faz o sonho (esperança) acertar o alvo, é a certeza de que vai alcançar (mesmo que não seja agora, este alvo, mais algo chegará).



È essa fé que no meio da turva luz, da dor da perda, me faz acreditar que o melhor está por vir e que o momento é mais além, o caminho é mais extenso.



È essa fé que como se fosse um sorriso de uma criança naquele dia mais desgraçado, que no meio da dor te faz pensar se vale a pena se lamentar pelo que passou.



É essa fé que como em um "mundarel" de buracos, grandes escavações, e lá no fundo, suja, embaçada, mais ainda brilha a mais bela pedra preciosa.



É essa fé que me faz ter esperança.



É essa fé que me leva a DEUS, pois ELE é esperança, ELE é AMOR.



ELE me faz caminhar por sobre as águas tempestuosas.







Ter resiliência é ter dom, pois o resiliente ainda que amassado, batido, pisotiado, sempre voltará a ser/ter a sua primeira forma.



E quem me fez, fez-me perfeito.







"EM tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos;" 2ª corintios 4: 8-9







DEUS PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO
SEJA NAS ALEGRIAS, BÊNÇÃOS, VITORIAS, CONQUISTAS EU O LOUVAREI



SEJA NAS DERROTAS, TRISTEZAS, PERDAS EU AINDA O LOUVAREI.

terça-feira, 3 de junho de 2008

No palco ou no altar?


Já viu um punhado de “babacas” subir ao altar de uma igreja, despreparados para falar da palavra de Deus. Ignorantes no conhecimento que começa pregando um assunto e dele bambeia para muitos outros.
É simples. Como se fosse uma dissertação/narração. Você tem um tema a se tratar, mas por falta de coerência, não dá uma linha certa a esta escrita. Isto os professores estamos cheios de ver.
Mas o caso aqui é a igreja.
Tiago em sua epistola (1:5) diz que “se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes
impropera[N1] ; e ser-lhe-á concedida”.
Subjetivamente esses pregadores estão pondo Deus à prova (?). Sabe por quê? Dizem eles: “eu não tenho sabedoria, mas a obra é de Deus, Ele sabe o que faz”. Ótimo! Parabéns! É verdade! Deus sabe o que faz! Mas, estes tais fazem um “trupé”, gritam bate no pupito, pulam, sapateia e a igreja termina muda, “gelada”, calada. Era a vontade de Deus ou ninguém entendeu
nada[N2] (cabe deixar bem claro que aquele ditado “quem cala consente” não funciona aqui)?
Outros dizem “eu não sei pregar, mas a palavra de Deus diz que tudo que eu te mandar, falarás”.
Outra verdade não é? Mas, “eles” insistem em gritar, sapatear e a igreja não corresponde. E daí? Foi Deus que colocou aquilo na boca dele?
Paulo fala em corintios 14 sobre ordem no culto. Se Deus gosta de ordem no culto, será que na pregação Ele deixaria ser incoerente. Sabe por quê? Deus não é Deus de confusão?
Muitos pregadores deveriam freqüentar palcos teatrais do que um altar. São emocionalistas, infrutíferos – olha que tem peças que são mais frutíferas que “sermões”.
Abro um parêntesis aqui. Na época da escola Barroca, era caracterizado por duas vertentes: o cultismo (Gongorismo) e o conceptismo (Quevedismo).
Padre Antonio Vieira com duzentos sermões conceptista oposto totalmente ao Gongorismo, em um de seus sermões principais, o Sermão da Sexagésima, o faz percorrer dentro da Parábola do Semeador. Diz que para a palavra de Deus fazer pouco fruto decorre de um dos três princípios: da parte de Deus, ou do ouvinte, ou do pregador.
Segundo Mateus 13, três partes das sementes se perderam e apenas uma frutificou.
Vieira diz que “primeiramente por parte de Deus não falta, nem pode faltar. Esta proposição é de fé, /.../ e no nosso evangelho a temos. /.../ Sendo, pois certo que a palavra divina não deixa de frutificar por parte de Deus”.
Continuando “os pregadores deitam a culpa nos ouvintes, mas não é assim. Se fora por parte dos ouvintes, não fizera a palavra de Deus muito grande fruto, mas não fazer nenhum fruto, e nenhum efeito, não é por parte dos ouvintes. Provo. Os ouvintes, ou são maus ou são bons: se são bons; faz neles grande fruto a palavra de Deus; se são maus, ainda que não faça neles frutos, faz efeito”.
Pode se notar que as sementes que caíram nos espinhos e nas pedras, nasceram, mas morreram logo, ou melhor, por ser ouvintes maus, não a frutificaram. Mas fez efeito.
Ao final se descobre que a culpa é dos pregadores, “e assim, é. Sabeis cristãos, por que não faz fruto a palavra de Deus? Por culpa dos pregadores. Sabeis pregadores, por que não faz fruto a palavra de Deus? Por culpa nossa”.
Quero deixar bem claro que Antonio Vieira criticava o estilo cultista, pois os pregadores seguidores desse conceito usavam e abusavam de linguagem rebuscadas, de metáforas e hipérboles; adjetivação, apelo sensorial que tornava difíceis as interpretações.
Mas, estes “pregadores” que falo, não estudam, não tem coerência no que diz, a coesão anda “pra lá da Bagdá”. E principalmente não tem a unção de Deus na vida. Ou seja, querem fazer o que não é do seu alcance. Não tem o dom.
Diferentemente daqueles que se esforçam, não tem curso superior, não sabem falar eloquentemente, mas tem a unção de Deus na vida. Sabem explicar humildemente a palavra de Deus.
Caso aqui, de um tio meu, que não tem estudos apenas sabe ler o básico; mas em se tratando da palavra de Deus ele dá um show, é um dos melhores professores da EBD (Escola Bíblica Dominical) que já vi.
Parem de fazer o que não é seu. Procure o seu dom, pede a Deus discernimento, e utilize-o. Cumprir o IDE de Jesus não significa que você tem que ficar cima de um altar, fazendo os ouvintes ficarem com sono. E os que são de “fora”?
Eu fiquei envergonhado quando aconteceu isto (daí que saiu a inspiração para escrever isto), tínhamos na igreja, jovens que nunca tinha vindo na Casa do Senhor. Se eu que nasci evangélico não entendi nada, imaginam eles que nunca freqüentou este lugar? Devem ter saído sem entender nada.





[N1]Garante-nos que Deus dá sem nos lembrar que não merecemos

[N2]Sou pentecostal, e não critico quando pulam, batem palmas, gritam, cantam, falam em línguas estranhas (que não seja meninice).