sexta-feira, 10 de setembro de 2010

como é doce o último suspiro
aspiro-o agora!
não teria mais o teu olhar,
suas mãos não me afagaria,
não desejaria mais teus labios,
não aspiraria mais teu corpo.

deixaria este mundo,
e perderia você.
perderia não, pois já não o tenho.

fere-me a angustia
por não poder ouvir tua voz.
uma angustia que toma a alma,
que me faz perder os sentidos,
que acelera meu peito,
que sangra,
carne viva encontra meu corpo,
vertendo lágrimas de sangue meu coração.

vida?
um projeto mal sucedido.
sonho?
apenas ilusão.
você?
impossibilidade do destino.
morte?
ah! solução eternal.

hoje compreendo-te
a tua angustia vida
preciosa saida
para tua angustia eternal, Bovary.