Hoje eu chorei. Chorei mais não era de tristeza. Também não era de alegria. Na verdade era um sentimento completamente paradoxal.
Nestas lágrimas pude entender que o tempo passa.
É! Foi exatamente aí que chorei; chorei porque me dei conta que não vivia – vegetava.
Estudar, trabalhar. Trabalhar, estudar.
Aí vejo que os dias foram e o ano se acaba e me sinto só.
E não parei pra pensar em mim.
Se no que estava fazendo me traria algo.
Vi que talvez o futuro seja promissor.
Futuro?! Amanhã é futuro, o hoje é presente e o ontem, passado. Mais o mais interessante é que o amanhã será hoje, será presente e depois passado.
E no tanto que lutei por um futuro promissor ele não veio. Eu sempre vivi o amanhã e o hoje, apenas passei por ele.
Daí eu pensei: porque me importar com o futuro? Eu tenho que viver hoje.
Porque me importar em que às pessoas dirão. Muitos delas não acompanharam a minha metamorfose.
Eu quero é reaprender.
Reaprender a viver. A sorrir de verdade e não por ser simpático. A chorar.
Reaprender a entender os meus sentimentos. Reaprender a pensar. A agir.
Não posso procurar a felicidade em outra pessoa, em algo, em coisas.
Talvez sim. A felicidade estaria também junto a isto. Mais a maior felicidade está em mim, aqui dentro do peito. Eu poderia ter pessoas, algo e coisas, mais se não tê-la dentro de mim não seria feliz por completo.
Tenho que aprender a me amar para depois amar alguém. Jamais amaria ao próximo como a mim mesmo se eu não me conhecesse e amasse.
Tenho que reaprender.
Nunca por a felicidade em algo ou alguém. A felicidade está aqui dentro eu só tenho que reaprender a ouvi-la.